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Os primeiros bondes a bateria

O Sistema Julien

Em 1885, o engenheiro Belga Edward Julien apresentava na Exposição Universal de Antuérpia, um sistema de tração elétrica, chamado de “Acumuladores de Luz e de força Motriz”.

O projeto foi tão bem recebido e rapidamente 33 cidades nos Estados Unidos já adotavam o sistema da Julien Electric Company, situada em Camden-Nova Jersey.

Em pouco tempo a produção dos acumuladores chegava a marca de 60 toneladas por dia.

O projeto também conquistou algumas cidades europeias como Hamburgo, Bruxelas, Paris, Roma, Berlim, Viena e Lisboa. O veículo projetado alcançou a incrível velocidade de 5,5 m/s (aproximadamente 20 km/hora) no plano e 3,0 m/s com uma rampa de 6 %, “velocidade jamais alcançada utilizando 4 animais” (A.C.Dunlop).

No Brasil, a empresa Cia. Jardim Botânico iniciou diversos ensaios instalados em seus carros.

Na Exposição dos Caminhos e Ferro Brasileiros, realizada no Rio de Janeiro, no dia 02 de julho de 1887, organizado pelo Clube de Engenharia, com intuito de divulgar o Brasil como virtual potência ferroviária.

Os Bondes a Bateria e a Família Imperial Brasileira

Na noite de 02 de julho de 1887, a viagem inaugural da Exposição dos Caminhos e Ferro Brasileiros, o bonde movido pelos acumuladores elétricos tiveram a honra de transportar suas Altezas  a Princesa Imperial Regente e seus Augusto Consorte, além de autoridades governamentais.

No mesmo ano a Princesa Isabel, que na época se utilizava do bonde de tração animal regularmente, encomenda ao fabricante americano John Stepheson um novo bonde, dando “preferência” ao sistema de acumuladores Julien ou outro mais apropriado.

Sabemos que logo em seguida foi proclamada a República, em 15 de Novembro de 1889, e não se sabe ao certo se o veículo em questão foi entregue com as especificações originais, mas certamente a experiência teve vida curta, pois em 12 de Agosto de 1892 foi inaugurada a primeira linha de bondes com redes áreas eletrificas no Brasil.

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